"Caríssimos amigos, o Evangelho nos apresenta páginas belíssimas que nos alimenta com A Palavra de Deus e nos convida a colocá-la em prática. No próxmo domingo seremos brindados com uma dessas maravilhas apresentada pela Boa Nova de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele nos convida a alimentar de sua Palavra e da Eucaristia para que tenhamos saciada a nossa fome e sede espiritual.
Desejo a todos uma semana abençoada e uma ótima reflexão".
Abraços, José das Mercês.
Desejo a todos uma semana abençoada e uma ótima reflexão".
Abraços, José das Mercês.
XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM– 31.7.2011
Jesus é o grande sinal de esperança que brilha no Evangelho. Todos acorrem a Ele, para ouvir sua palavra, para pedir cura para seus doentes, e para dele receber conforto e coragem. E, mesmo inconscientemente, lá no fundo de seu coração, o que estão procurando é o encontro com Deus. Se Deus nos fez para Ele – é Santo Agostinho que o recorda – nosso coração vive inquieto, enquanto não se encontrar com Ele. O Evangelho, em todas as maravilhas de suas narrações, é o grande encontro do povo com Jesus, preludiando o encontro com o mundo inteiro, que vai acontecendo e continuará a acontecer ao longo dos séculos: Jesus Cristo ontem, hoje e sempre.
Hoje relemos, num dos belos momentos em que Jesus se mostrou como sinal de esperança, o milagre da multiplicação dos Paes. É um dos dois milagres de multiplicação que os evangelistas nos narram, sendo que um deles é trazido só por São Mateus e São Marcos, ao passo que este é narrado pelos três sinópticos e ainda por São João. E é justamente depois desse milagre, que São João nos traz o duplo discurso de Jesus sobre o “Pão da vida”: o Pão da fé e o Pão da Eucaristia.
A multidão viera ao encontro de Jesus, em busca de sua palavra e de seus milagres. De Cafarnaum onde se encontrava, Ele quis retirar-se para um lugar deserto – perto de Betsaida, como nos informa São Lucas – e para isso tomou uma barca. Mas o povo foi por terra e, quando Ele desembarcou, viu-se diante de muita gente. Teve pena deles, curou os doentes que lhe foram apresentados, e pregou para todos o Reino de Deus, no qual se prolongou até o cair da tarde.
Foi quando os discípulos se aproximaram dele e lhe fizeram ver que era tarde e o lugar era deserto. Que ele então despedisse o povo, para que pudessem ir às aldeias vizinhas para comprar alimentos. Mas o pensamento de Jesus era muito diferente. Não se devia falar em comprar. Ia acontecer uma grande hora de gratuidade. “Não precisam ir comprar – disse Ele; dai-lhes vós mesmos de comer”. Como dar de comer – perguntavam eles – se, procurando tudo o de que dispunham, não podiam contar senão com cinco pães e dois peixes? Mas Jesus, sem se perturbar, com majestosa serenidade, disse a eles que fizessem o povo sentar-se na relva verde. Era perto da Páscoa e era primavera. Eles se sentaram em grupos de cinquenta e de cem. A cena ficou muito bonita. São Marcos usa uma palavra que significa “canteiros” para indicar os grupos assim formados. Porque, na verdade, sentados no verde campo e com as diferentes cores de suas túnicas e de seus turbantes, formavam como que canteiros floridos.
Jesus tomou o pão e os peixes, ergue os olhos ao céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e os peixes, deu-os aos discípulos e eles os deram ao povo (É fácil perceber nesta narração a influência do rito eucarístico). E aconteceu o milagre! Como água que vai jorrando de uma fonte ininterruptamente, os pães e os peixes foram brotando das mãos dos discípulos, à medida que eles os iam dando ao povo. Todos comeram à farta. No fim, Jesus mandou que se recolhessem os pedaços que tinham sobrado; e se recolheram doze cestos, sendo que o número dos que haviam comido era cerca de cinco mil homens, sem contar as mulheres e as crianças (cfr Mt 14, 13-21).
Talvez a grande lição deste milagre possa ser a que nós também seremos capazes de repetir o prodígio da multiplicação, se soubermos pôr em prática a gratuidade. Se, em vez de nos apegarmos àquele pouco ou àquele muito que tivermos, formos capazes de distribuir com quem precisa. Se fizermos assim, não faltará comida para ninguém. Será o mundo da fraternidade. Onde ninguém se sentirá feliz, se seu irmão não estiver feliz também. Longe o egoísmo! Longe a ganância! Cresça o amor e a fraternidade! Esse é o princípio que deveria estar na base de todos os sistemas econômicos.
Leituras do XVIII Domingo do Tempo Comum – Ano A: Is 55, 1-3; 2ª Rom 8,35.37-39; Evangelho Mt 14, 13-21
Fonte: (“A Escuta da Palavra – Ano A – Dom João Resende Costa – Ed. Fumarc – pag.90-91)
Colaboração de José das Mercês