“Muçulmanos, judeus, budistas, católicos, protestantes, evangélicos, todos rezam. ‘Pra quê?”, perguntam os filhos cheios de programas e sem disposição para perder minutos preciosos em preces & Cia.
A questão bateu à porta do velho monge que convidava os discípulos a subir com ele até o alto de uma montanha para rezarem juntos. Fazia isso todos os dias. Perto dali, logo abaixo, havia um rio com águas puras e cristalinas. Certa vez, um dos rapazes indagou:
- Mestre, por que oramos todos os dias se não conseguimos gravar as palavras na mente? Pouco me lembro do que oramos ontem e já nem sei o que falamos há 10 dias.
O monge, com calma e serenidade, pegou um cesto de bambu e o deu ao discípulo dizendo:
- Filho, vá até aquele rio e traga este cesto cheio d’água pra mim.
O mocinho lá se foi. Ao voltar com o cesto vazio embora ainda molhado, o monge lhe perguntou o que ele havia concluído. A resposta:
- Mestre, um cesto de bambu não pode reter água porque o líquido escapa pelos furos.
- Só isso?, insistiu o monge. Então, vá novamente ao rio e traga o cesto com mais água. E lá se foi o jovem.
Ao voltar, o monge lhe perguntou o que ele tinha concluído. A resposta foi a mesma. O monge pediu novamente que ele repetisse a operação. E fez isso várias vezes. Depois de várias idas e vindas, finalmente o discípulo concluiu:
- Mestre, agora percebo uma diferença: o cesto está mais limpo do que antes.
Satisfeito, o monge acrescentou:
- Exatamente! O mesmo acontece conosco quando oramos. Muitas vezes esquecemos as palavras. Mas, com certeza, ficamos mais limpos e o nosso espírito é purificado a cada oração.
Fonte: Jornal ESTADO DE MINAS – Dicas de Português por Dad Squarisi, caderno EM cultura de 22 de junho de 2011.o
Com a contribuição de nosso querido pai José das Mercês.
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