A partir do dia 1º de Janeiro de 2012, estaremos postando a liturgia de cada dia com base no site da CNBB. Não deixem de refletir junto conosco.
Abraços.
Anabel
Seja bem vindo!
Olá irmão em Cristo!
Queremos sempre encontrá-lo por aqui.
Abraços fraternos.
Queremos sempre encontrá-lo por aqui.
Abraços fraternos.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
A ORIGEM DO PRESÉPIO
O presépio talvez seja a mais antiga forma de caracterização do Natal. Sabe-se que foi São Francisco de Assis, na cidade italiana de Greccio, em 1223, o primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio, tal qual o conhecemos hoje.
A idéia surgiu enquanto o santo lia, numa de suas longas noites dedicadas à oração, um trecho de São Lucas que lembrava o nascimento de Cristo. Resolveu então montá-lo em tamanho natural numa gruta de sua cidade. O que restou desse presépio encontra-se atualmente na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.
Presépio (em hebraico ebus e urvã; em latim, praesepium) significa em hebraico “a manjedoura dos animais” mas a palavra é usada com freqüência para indicar o próprio estábulo.
Segundo o evangelista Lucas, Jesus as nascer foi reclinado em um presépio que provavelmente seria uma manjedoura, como as muitas que existiam nas grutas naturais da Palestina, utilizadas para recolher animais. Já São Jerônimo diz que o presépio de Jesus era feito de barro aproveitando-se uma saliência da rocha e adaptando-a para tal finalidade. Esta é, sem dúvida, a versão mais aceita.
O milagre de São Francisco - O presépio de São Francisco incluía uma manjedoura, acima da qual foi improvisado um altar. Nesse cenário ocorreu a missa da meia-noite, na qual o próprio santo com a vestimenta de diácono cantou solenemente o Evangelho juntamente com o povo simples e pronunciou um comovente sermão sobre o nascimento do Menino Jesus.
Conta-se que naquela noite especial, enquanto o santo proferia as palavras do Evangelho sobre o nascimento do Menino Jesus, todos os presentes puderam ver uma criança em seu colo envolvida num raio de luz. A cena foi narrada em 1229 por Tommaso de Celano, biógrafo de São Francisco de Assis, na Vita Prima.
Passados mais de trinta anos São Boaventura também descreveu a mesma cena e, depois deles, outros e outros autores, descrevendo em minúcias as figuras esculpidas do Menino, da Virgem e de São José.
A partir de então, os presépios foram tornando-se cada vez mais populares e, além das figuras tradicionais do Menino Jesus deitado na manjedoura, Maria e José, acabaram incluindo uma enorme variedade de personagens, como os pastores, os Reis Magos, a estrela e os animais.
Em muitos lugares a confecção das figuras do presépio virou tradição popular, como é o caso dos santons na França. E em muitos lugares os presépios viraram verdadeiras obras de arte. A tradição, no entanto, ganhou impulso renovado no século 18. De Nápoles, na Itália, o costume de construir presépio cada vez mais artísticos difundiu-se para Espanha e Portugal. E, aos poucos, o hábito de montar presépios nas casas na época do Natal foi tornando-se mais e mais popular.
Seja com modestas figuras de barro, seja com suntuosos personagens vestidos de tecidos raros, nas igrejas ou nas casas e, até, em representações teatrais o presépio é uma das tradições mais queridas do Natal. No Brasil, em muitos estados do Nordeste, até hoje a montagem dos presépios é acompanhada de danças e festejos conhecidos como Pastorinhas, versões brasileiras dos autos de Natal, que eram encenações do nascimento de Jesus típicas de algumas regiões da Europa, como a Provença, na França.
As figuras do presépio – Cada um dos elementos envolvidos no nascimento do Menino Jesus, há mais de 2.000 anos tem um papel muito importante: A Sagrada Família, os Reis Magos, os pastores, as ovelhas, a vaca e o jumento, e todos os outros que a imaginação popular resolveu incorporar à cena original.
Os anjos aparecem aos pastores de Belém contando que Jesus havia nascido e louvado a Deus. Estas figuras são, geralmente, representadas com instrumentos musicais, na suposição de que estejam cantando preces em louvor a Jesus.
Os pastores foram os primeiros adoradores de Cristo. Ligados a eles, estão os carneiros, mansas criaturas muitas vezes usadas para simbolizar a humildade de Cristo como Divino Pastor.
Nessa mesma noite sagrada, uma estrela andou pelou céu e se localizou em cima da manjedoura, transformando-se no símbolo do Divino Guia. Foi ela que orientou aqueles que acreditaram no nascimento de Jesus, inclusive os Três Reis Magos, que, segundo conta-se, vieram de algum lugar distante, no Oriente. Os três reis, muitas vezes apresentados como homens sábios, também foram saudar o recém-nascido. Para os cristãos, sua visita havia sido profetizada na Bíblia, no Salmo 71, e em Isaías, 60. Eram eles os reis que levaram presentes de incenso, ouro e mirra.
Não podem faltar no presépio a vaca e a jumenta. Se a vaca, produtora de leite e símbolo da Terra que nutre suas criaturas quase dispensa apresentações, a jumenta, que para nós é símbolo de ignorância, em muitas tradições e culturas é vista como animal sagrado. Por isso, não é à toa que é no lombo de uma jumenta que Maria grávida foge com José das perseguições do rei Herodes. Diz a lenda que foi a própria Maria que fez a jumenta, exausta da longa viagem, entrar na gruta e, assim, presenciar o nascimento do menino.
Os animais também são símbolos de que todas as criaturas do mundo, mesmo as mais humildes, reconhecendo e homenageando Cristo como filho de Deus, são acolhidas por ele.
O presépio não é apenas um enfeite de natal cristão, mas é a representação do que aconteceu a séculos atrás para que a humanidade fosse salva dos seus pecados, por isso que para os cristãos o presépio é tão importante principalmente sabendo do real significado que ele tem. O presépio pode ser feito de palha, de barro, de plástico em fim do material que quiser que o seu significado será sempre o mesmo.
Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Hoje é dia de Santa Cecília
Músicos.... Peçam a intercessão de Santa Cecília para seu Ministério!
fd
Santa Cecília
22 de Novembro

Valeriano, que até então era pagão, a respeitou, mas disse que somente acreditaria se contemplasse o Anjo. Desse desafio Cecília conseguiu a conversão do esposo que foi apresentado ao Papa Urbano, sendo então preparado e batizado, juntamente com um irmão de sangue de nome Tibúrcio. Depois de batizado, o jovem, agora cristão, contemplou o Anjo, que possuía duas coroas (símbolo do martírio) nas mãos. O Anjo colocou uma coroa sobre a cabeça de Cecília e outra sobre a de Valeriano, o que significava um sinal, pois primeiro morreu Valeriano e seu irmão por causa da fé abraçada e logo depois Santa Cecília sofreu o martírio, após ter sido presa ao sepultar Valeriano e Tibúrcio na sua vila da Via Ápia.
Colocada perante a alternativa de fazer sacrifícios aos deuses ou morrer, escolheu a morte. Ao prefeito Almáquio, que lembrava Cecília que tinha sobre ela direito de vida ou de morte, ela respondeu: "É falso, porque podes dar-me a morte, mas não me podes dar a vida". Almáquio condenou-a a morrer asfixiada; como ela sobreviveu a esse suplício, mandou cortar-lhe a cabeça. Nas Atas de Santa Cecília lê-se esta frase: "Enquanto ressoavam os concertos profanos das suas núpcias, Cecília cantava no seu coração um hino de amor a Jesus, seu verdadeiro esposo". Estas palavras, lidas um tanto por alto, fizeram acreditar no talento musical de Santa Cecília e valeram-lhe o ser padroeira dos músicos. Hoje essa grande mártir e padroeira dos músicos canta louvores ao Senhor no céu.
Santa Cecília, rogai por nós!
Paz e Bem!
Tauane MarceleGrupo de Oração Filhos da Misericórdia
Sábado - 19hs - Bairro Caminho Novo
Igreja São Geraldo Majela
Tauane MarceleGrupo de Oração Filhos da Misericórdia
Sábado - 19hs - Bairro Caminho Novo
Igreja São Geraldo Majela
domingo, 20 de novembro de 2011
Advento
“Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento” (Mc 13,33)
Iniciamos, hoje, um novo ano litúrgico. Contemporaneamente, começamos nosso caminho de preparação para o Santo Natal, com o Tempo do Advento. O roxo, cor litúrgica destas quatro semanas, fala-nos de vigilância e de espera, espera que é esperança, pois Aquele que prometeu vir é fiel: não falhará. Na espera e na alegre vigilância, também não cantaremos o “Glória” na Missa e enfeitaremos nossas igrejas com muita simplicidade: estamos de sobreaviso, estamos esperando: o Senhor se aproxima!
As leituras deste Primeiro Domingo são de uma intensidade enorme e nos jogam de cheio no clima próprio deste tempo: enquanto nos preparamos para o Natal, celebração da primeira vinda do Senhor, feito pobre na nossa humanidade, preparamo-nos também para a sua Vinda gloriosa no final dos tempos. Três idéias nos chamam atenção na Palavra que ouvimos; três idéias que sintetizam maravilhosamente os sentimentos que devemos alimentar neste santo Advento.
Primeiro: somos pobres. A humanidade toda, por mais soberba e auto-suficiente que seja, é pobre, é pó! Violência, solidão, tantas feridas no coração, tanta falta de sentido para a existência, tanta descrença e superficialidade, tantas famílias destruídas, tantos corações vazios, tanta falta de paz, tantos vícios enraizados no coração, tanta vontade quebrada e fraca, tantas palavras bonitas e vazias, tantas promessas sem cumprimento algum... E o homem não se dá conta que é pó, que é insuficiente, que sozinho não consegue se realizar, porque foi criado para uma Plenitude que somente um Outro - o Deus Santo, Bom, Imenso e Eterno - nos pode conceder. Mas, nós cremos, caríssimos; nós, os cristãos, devemos ser conscientes da nossa pobreza e da pobreza da humanidade. Calam bem para nós o intenso lamento do Profeta Isaías: “Senhor, tu és o nosso Pai, nosso redentor! Como nos deixaste andar longe de teus caminhos? Todos nós nos tornamos imundície, e todas as nossas boas obras são como um pano sujo; murchamos como folhas e nossas maldades empurram-nos como o vento. Não há quem invoque o teu nome, quem se levante para encontrar-se contigo. Assim mesmo, Senhor, tu és nosso pai, nós somos barro; tu, nosso oleiro, e nós todos, obra de tuas mãos”. Tão atual, caríssimos, esta palavra da Escritura! Exprime bem a humanidade perdida, sem graça, que busca plenitude onde não há plenitude: na tecnologia, na ciência, no consumo, na droga, na satisfação dos próprios instintos e vontades...
Nós, cristãos, sabemos que nada neste mundo nos pode saciar. Como o restante da humanidade, também sentimos sede, também sentimos tantas vezes a dor de viver; mas nós sabemos de onde vem a paz, onde se encontra a verdade da vida, de onde vem a esperança. Por isso pedimos, pensando Naquele que veio no Natal e virá no Fim dos tempos: “Ah! Se rasgásseis os céus e descesses! As montanhas se desmanchariam diante de ti! Nunca se ouviu dizer nem chegou aos ouvidos de ninguém, jamais olhos viram que um Deus, exceto tu, tenha feito tanto pelos que nele esperam!” Eis nosso brado de Advento: Somos pobres, somos insuficientes, não nos bastamos, não temos as condições de ser felizes com nossas próprias forças: Vem, Senhor Jesus! “A vós, Senhor, elevo a minha alma! Confio em vós, que eu não seja envergonhado! Não se riam de mim meus inimigos, pois não será desiludido quem em vós espera” (Sl 24,1-3).
E aqui temos a segunda idéia desta Liturgia santa: diante de nossa pobreza, colocamos nossa esperança somente no Cristo Jesus; esperamos a sua Vinda. O cristão vive no mundo, mas sabe que caminha para a Pátria, para Casa, para Cristo! Na segunda leitura deste hoje, São Paulo nos recorda que não nos falta coisa alguma, não nos falta esperança, não nos falta o sentido da vida, não nos falta a consolação, não nos falta a direção a seguir, porque aguardamos “a revelação do Senhor nossos, Jesus Cristo. É ele também que vos dará a perseverança em vosso procedimento irrepreensível, até ao fim, até ao dia de nosso Senhor, Jesus Cristo”. Caríssimos, a grande tentação para os cristãos de hoje é esquecer que estamos a caminho, que nossa pátria é o Céu. Num mundo de abundância de bens materiais, de comodismo, de consumismo, de busca das próprias vontades e dos prazeres, o perigo imenso é esquecer o Senhor que vem e que sacia o nosso coração. Quantos de nós se distraem com o mundo, quantos que têm o nome de cristãos estão tão satisfeitos com os prazeres e curtições da vida! Cristãos infiéis num mundo infiel; cristãos cansados num mundo cansado, cristãos superficiais e vazios num mundo superficial e vazio! E deveríamos ser luz, deveríamos ser sal, deveríamos ser profetas! Deveríamos ser inquietos e insatisfeitos com tudo que seja menos que Deus, nossa verdadeira Plenitude!
Finalmente, o terceiro ponto. Conscientes da nossa insuficiência para sermos felizes sozinhos; conscientes de que somente no Cristo está nossa plenitude; certos de que ele virá ao nosso encontro, devemos estar vigilantes, devemos viver vigilantes! Nesta casa chamada mundo, nós somos os porteiros, aqueles que esperam o Senhor chegar. Escutai, irmãos, a advertência do nosso Senhor e Deus: “Cuidado! Ficai tentos, porque não sabeis quando chegará o momento. É como um homem que partiu e mandou o porteiro ficar vigiando. Vigiai, portanto, para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: Vigiai!”
Amados em Cristo, o Senhor nos manda vigiar! Vigiemos pela oração, vigiemos pela prática dos sacramentos, vigiemos pelas boas obras, vigiemos pela vida fraterna, vigiemos pelo combate aos vícios, vigiemos pelo cuidado para com os pobres. Vigia à espera de Cristo quem rejeita as obras das trevas! “O que vos digo, digo a todos: Vigiai!” Mais uma vez, a misericórdia de Deus nos dá um tempo tão belo e santo quanto o Advento para pensarmos na vida, para levantar os olhos ao céu e suspirar pela plenitude para a qual o Senhor nos criou. Não vivamos desatentamente este santo tempo de graça! Irmãos, irmãs, o Senhor vem: preparemo-nos para ele! Amém.
LEITURAS DO I DOMINGO DO TEMPO COMUM: 1ª Leitura: Is 63,16b-17.19b; 64,2b-7; 2ª leitura: 1Cor 1,3-9; Evangelho: Mc 13,33-37.
Fonte: WWW.domhenrique.com.br
Contribuição de José das Mercês
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
HISTÓRIA DE SÃO JUDAS TADEU
Sua ligação com Jesus
São Judas Tadeu, nascido em Caná de Galiléia, na Palestina, era filho de Alfeu (ou Cleofas) e Maria Cleofas. O pai, Alfeu, era irmão de São José e a mãe, prima-irmã de Maria Santíssima. Portanto, Judas Tadeu era primo-irmão de Jesus, tanto pela parte do pai como da mãe.
Um de seus irmãos, Tiago, também foi chamado por Jesus para ser apóstolo. Era chamado de Tiago Menor para diferenciar do outro apóstolo Tiago que, por ser mais velho que o primeiro, era chamado de Maior.
Judas Tadeu tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Maria Salomé. O relacionamento da família de Judas Tadeu com o próprio Jesus Cristo, pelo que se consegue perceber na Bíblia é o seguinte: Alfeu (Cleofas) era um dos discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de Emaús, no dia da ressurreição. Maria Cleofas, uma das piedosas mulheres que tinham seguido a Jesus desde a Galiléia e permaneceram ao pé da cruz, no Calvário, junto com Maria Santíssima .
Dos irmãos dele, Tiago foi um dos doze apóstolos, que se tomou o primeiro bispo de Jerusalém. José, apenas conhecido como o Justo. Simão foi o segundo bispo de Jerusalém, após Tiago. E Maria Salomé, a única irmã, foi mãe dos apóstolos Tiago Maior e João evangelista.
É de se supor que houve muita convivência de Judas Tadeu com o primo e os tios. Essa fraterna convivência, além do parentesco, pode ter levado são Marcos a citar Judas e os irmãos como irmãos de Jesus (Mc 6,3).
A Bíblia trata pouco de Judas Tadeu. Mas, aponta o importante: Judas Tadeu foi escolhido a dedo, por Jesus, para apóstolo. Quando os evangelhos nomeiam os doze escolhidos, consta sempre Judas ou Tadeu entre a relação. O livro dos Atos dos Apóstolos também se refere a ele (At 1,13). Além dessas vezes em que Judas Tadeu aparece entre os colegas do colégio apostólico, apenas uma vez é citado especialmente nas Escrituras. Foi no episódio da santa Ceia, na quinta-feira santa, narrado por seu sobrinho João evangelista (Jo 14,22). Nesta oportunidade, quando Jesus confidenciava aos apóstolos as maravilhas do amor do Pai e lhes garantia especial manifestação de si próprio, Judas Tadeu não se conteve e perguntou: "Mestre, por que razão hás de manifestar-te só a nós e não ao mundo?" Jesus lhe respondeu afirmando que teriam manifestação dele todos os que guardassem sua palavra e permaneces- sem fiéis a seu amor. Sem dúvida, nesse fato, Judas Tadeu demonstra sua generosa compaixão por todos os homens, para que se salvem todos. A fidelidade, coragem e perseverança dos Doze Grandes Homens do Evangelho, contribuíram para que o nome de Jesus viesse ser o mais admirado, citado e respeitado dos nomes.
A vida de São Judas Tadeu
Depois que os Apóstolos receberam o Espírito Santo, no Cenáculo em Jerusalém, iniciaram a construção da Igreja de DEUS, com a evangelização dos povos. São Judas iniciou sua pregação na Galiléia. Depois viajou para a Samaria e outras populações judaicas. Tomou parte no primeiro Concílio de Jerusalém, realizado no Ano 50. A seguir, foi evangelizar a Síria, Armênia e Mesopotâmia (atual Pérsia), onde ganhou a companhia de outro apóstolo, Simão, o "zelote", que evangelizava o Egito.
A pregação e o testemunho de São Judas Tadeu, foi realizado de modo enérgico e vigoroso, que atraiu e cativou os pagãos e povos de outras religiões que se converteram ao cristianismo. Ele mostrou que sua adesão a CRISTO era completa e incondicional, testemunhando sua fé com doação da própria vida.
São Jerônimo nos assegura que o Apóstolo pregou e evangelizou Edessa, bem como em toda Mesopotâmia (Pérsia).
No ano 70, foi martirizado de modo cruel, violento e desumano; morrendo a golpes de machado, desferidos por sacerdotes pagãos, por se recusar a prestar culto à deusa Diana.
Devido ao seu martírio, São Judas Tadeu é representado em suas imagens/estátuas segurando um livro, simbolizando a palavra que anunciou, e uma machadinha, o instrumento de seu martírio.
Suas relíquias atualmente são veneradas na Basílica de São Pedro, em Roma. Sua festa litúrgica celebra-se, todos os anos, na provável data de sua morte: 28 de outubro de 70.
- Santa Gertrudes e São Bernardo de Claraval entre muitos outros Santos, também foram fervorosos cultivadores do culto a SÃO JUDAS TADEU. Santa Gertrudes escrevendo sua biografia, conta que JESUS lhe apareceu aconselhando invocar São Judas Tadeu, até nos "casos mais desesperados". A partir de então, cresceu a fé do povo na especial intercessão do Santo, principalmente nos "casos impossíveis".
- Certa vez, Santa Brígida estava orando, quando teve uma visão de Jesus. Este lhe disse: Invocai com grande confiança ao meu apóstolo Judas Tadeu. prometo socorrer a todos quantos por seu intermedio a mim recorrerem.
- Conforme conta o historiador Eusébio, Judas Tadeu teria sido o esposo nas núpcias de Caná (bodas de Caná), isso explicaria a presença de Maria e de Jesus.
- Devido à notoriedade de Tiago na Igreja primitiva, Judas Tadeu era sempre lembrado como o irmão de Tiago
- No texto grego São JUDAS é chamado LEBEU que significa: "LEB" - CORDATO, BONDOSO, OU CORAJOSO. TADEU porém, vem da palavra siríaca "THAD" que quer dizer: MISERICORDIOSO, BENIGNO.
- nome de São JUDAS foi muitas vezes substituído pelo de TADEU, por causa do nome de Judas Iscariotes, o traidor. Os próprios Evangelistas como São João, ao se referirem a São JUDAS TADEU, Apóstolo, diziam: JUDAS, não o Iscariotes ou o traidor.
- Apóstolo cujo nome lembra o "traidor" de JESUS, Judas Iscariotes, teve sua devoção esquecida durante muitos séculos. Mas a Providência Divina se manifestou no momento oportuno, para exaltar as suas qualidades e notável humildade, transformando-o no querido e poderoso Santo intercessor das "causas impossíveis", que consegue junto ao CRIADOR as graças necessárias, em benefício de todos aqueles que buscam e procuram o seu inestimável auxílio.
domingo, 16 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Porque Grupo de Oração Filhos da Misericórdia?
Olá caros amigos!
Segue abaixo o trecho de um texto elaborado pelo Cristóvão juntamente com o Rafael Romano e que serviu de base para o início do projeto "Momento da Misericórdia". São vinte minutos apresentando a Misericórdia de Deus no programa Shalom e você, que é veiculado todos os domingos na Rádio Itabira AM 770.
Um abraço Fraterno a todos!
Segue abaixo o trecho de um texto elaborado pelo Cristóvão juntamente com o Rafael Romano e que serviu de base para o início do projeto "Momento da Misericórdia". São vinte minutos apresentando a Misericórdia de Deus no programa Shalom e você, que é veiculado todos os domingos na Rádio Itabira AM 770.
Um abraço Fraterno a todos!
"...O porquê do nome filhos da misericórdia; Cada grupo possui um carisma. Os carismas eram comuns no início da Igreja. Basta ler os Atos dos Apóstolos e as cartas de São Paulo. Depois, por alguns séculos eles se mantiveram restritos aos grandes santos. Assim, pensava-se que os carismas eram para alguns homens e mulheres reconhecidamente santos, místicos e penitentes.
Os carismas são dons, graças, presentes, dados pelo Espírito Santo, “mas um e o mesmo Espírito distribui todos esses dons, repartindo a cada um como lhe apraz” (ICor 12,11).
Os Carismas, portanto não são novidades trazidas pela Renovação Carismática Católica, a não ser no aspecto do seu exercício nos tempos atuais.
“A palavra ‘carisma (chárisma) é oriunda da língua grega e significa ‘dom gratuito’. Ela encontra seu significado fundamental na raiz que indica tudo aquilo que produz bem-estar; assim significa: ‘graça’, ‘dom, ‘favor, ‘bondade’; no sentido de fazer um dom gratuito, mostrar-se generoso. Assim, em nosso Grupo de Oração, partilhamos entre nós e com os irmãos este carisma a nós confiado – o da Misericórdia.
E o que é ser filho da misericórdia? A misericórdia apresentada por Jesus, várias vezes é base para compreendermos o que o Senhor espera de nós. Tomemos por exemplo por meio do evangelista São Mateus:
Ide, pois, aprender o que significa: ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores” (Mt 9, 13).
Esta palavra de Deus nos anima, pois nos faz concluir que o Senhor ama a todos indistintamente e não está a nos julgar, mas a nos esperar. Esta espera se traduz em conversão nossa a cada dia. (ou seja, num primeiro momento estamos todos caminhando buscando a conversão).
Já no contexto da palavra Misericórdia, que origina do latim, vem a expressão Miser cordis, ou coração de pobre (miserável). O Antigo Testamento, ao falar de Misericórdia não usa a palavra ‘coração’, mas útero (rahamim). O misericordioso é aquele que tem espaço interior para acolher a vida, as pessoas. Deus tem materna Misericórdia. Todos nós fomos gerados em seu divino ‘útero’. Ser misericordioso como Deus é ter espaço no coração para os irmãos.
É isso que queremos ao sermos chamados filhos da misericórdia, mostrar que somos pecadores, mas estamos em busca da conversão diária, e um dos passos a misericórdia é acolher também nossos irmãos com todas as suas misérias em nosso coração, fazendo com que eles experienciem conosco o movimento de volta a Deus chamado conversão e arrependimento."
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Depoimento
"FAZENDA DA ESPERANÇA É COISA DE DEUS
A fazenda mudou minha vida, não porque fui dependente químico, nem porque estava com depressão ou algo parecido, muito pelo contrário, sempre fui muito de bem com a vida e uma pessoa que ama desde sempre muito a Deus. Mas a fazenda trouxe ao meu mundo pessoas das quais não poderia me esquecer jamais, a começar pelo eterno amigo Benildo lá de Cunha/SP. E quando a fazenda veio para Itabira/MG ela trouxe no seu aconchego muito mais que ex-dependentes ou voluntários, trouxe a minha vida amigos e irmãos. Com eles aprendi e ainda aprendo a vencer todos os preconceitos e a ver no olhar um verdadeiro amor de Deus. Nossa, e quanta alegria trouxeram ao meu coração. Ivys é um outro irmão que trouxe a minha vida palavras de mansidão quando eu mais precisava, e sorrisos que se tornaram marcas de amor.. Como alguns da fazenda me chamam carinhosamente de Maria, assim aprendo a ser todos os dias. E tão feliz sou por poder compartilhar com os amigos da fazenda toda a alegria de ser uma jovem que ama acima de tudo a Cristo.
Agradeço imensamente ao Romulo por me permitir estar ligada a esta casa abençoada em tudo, na festa de um ano em Itabira, na primeira Festa de são Francisco e em todos os dias. Sou grata a Deus por me permitir contribuir através da música, na caminhada desta família chamada Fazenda da Esperança. Posso orar todos os dias até o fim de meus dias, que não teria como agradecer o quanto vocês me fazem bem. O quanto sou feliz por poder completar aquilo que o mundo tirou.
A verdade é unica: Caríssimos, eu amo vocês!
E você, venha conhecer, venha contribuir para que esta obra cresça cada dia mais."
Abraços fraternos e a proteção de São Miguel
Keity Carvalho
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Sofrimento, presente ou castigo de Deus?
A pessoa humana foi criada para a felicidade. Ninguém gosta de tristeza, de sofrimento e de dor. Mas, serve muito pensar sobre nossa atitude diante do sofrimento e da dor, tomar consciência de que o sofrimento está presente no mundo em múltiplas formas e manifestações, e que não podemos fugir dele de forma alguma. Resta-nos três caminhos: a revolta, a indiferença ou a aceitação. A revolta leva a pessoa ao desespero; a indiferença nos torna estáticos, deterministas, estóicos; a aceitação comunica-nos a paz e alegria profundas, e nos faz cristãos: seguidores e imitadores de Jesus Cristo.
O Sofrimento na Biblia
O homem bíblico, desde o Gênesis ao Apocalipse, pergunta-se por que o sofrimento e como libertar-se dele. Antes da vinda de Jesus o sofrimento aparece como uma estrada sem saída, fruto do pecado e como castigo de Deus pelo bem não realizado. O grito que perpassa toda a Sagrada Escritura é o pedido a Deus que nos liberte da dor e que nos dê a força necessária para suportá-la. Os salmos são o livro do homem sofredor que, na sua breve existência, depara-se com todo tipo de dor: física, moral, espiritual, a solidão, o abandono dos amigos, a lepra que devasta, a perseguição dos inimigos...O livro de Jó, que podemos considerar como o grande tratado antropológico da dor, faz-nos ainda mais críticos diante do sofrimento.
O sentido de impotência que nos advém quando nos deparamos com a dor deixa-nos ainda mais angustiados. O que fazer diante das pessoas que sofrem, e como reagir diante do nosso próprio sofrimento? Se Deus-amor não quer que o homem sofra, por que permite o sofrimento? São perguntas que, provavelmente, nunca terão uma resposta que nos deixe totalmente satisfeitos.
A repugnância à dor está inscrita no nosso coração e todos somos chamados a lutar contra ela. Superar a dor é caminho promissor para se chegar à felicidade plena.
A grandeza de Jesus é que Ele, encarnando-se, assumiu a nossa natureza humana plena, total, com todas as limitações, menos o pecado. De fato, o pecado não faz parte da natureza humana, ele entrou no mundo pela desobediência. Alguém como Jesus, que nunca desobedeceu ao projeto do Pai, não poderia ter o pecado na sua humanidade. Ele "se fez pecado" por nós e nos redimiu de todos os nossos pecados.
O projeto trazido por Jesus é libertar o homem do pecado, e para que isso possa acontecer Ele iniciou a sua história entre nós através do caminho da cruz e do sofrimento.
"Jesus tinha a condição divina, e não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente. Mas esvaziou-se a si mesmo, e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. E, achado em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o sobreexaltou grandemente e o agraciou com o Nome que é sobre todo o nome, para que, ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho dos seres celestes, dos terrestres e dos que vivem sob a terra, e, para glória de Deus, o Pai, toda língua confesse: Jesus é o Senhor." (Fil 2,6-12).
O nascimento, a fuga ao Egito, o trabalho em Nazaré, as incompreensões por parte do povo, dos seus seguidores e do poder constituído em Israel, formam a história de dor de Jesus, que tem o cume na morte de cruz. O caminho apresentado por Jesus aos seus seguidores é: renúncia de si mesmo, carregar a cruz e seguí-lo no seu nomadismo, onde não tem nem uma pedra para reclinar a cabeça... O amor à paixão de Jesus não é opcional na vida cristã, mas necessário para poder compreender o sentido da vida de Jesus.
Através da leitura do Evangelho, compreendemos que Jesus não queria sofrer e que em momento algum provocou o sofrimento, seu ou dos outros, e que fez o possível para aliviar a dor dos outros. Ele mesmo "gemeu e suplicou" ao Pai que o libertasse da cruz, do beber o cálice e da morte. Mas, consciente que era possível salvar a humanidade por este caminho, Ele assume a dor com a alegria interior de quem realiza na fidelidade a vontade do Pai.
Tenho encontrado muitas pessoas esmagadas pela dor e interiormente felizes. Uma das frases que ajudam-me a compreender o sentido da dor é de Santa Teresinha: "Cheguei a um ponto em que o sofrimento me dá alegria". A alegria de participar ativamente da paixão de Jesus. É o amor que leva a dar toda a vida pelo outro. É o amor do Pai que envia seu Filho Jesus. É o amor do Espírito Santo que consagra Jesus na sua missão e o amor de Jesus que dá toda a sua vida para nossa libertação e salvação. A força do amor é sempre maior do que qualquer sofrimento e, no amor, o sofrimento se faz alegria e vida.
O amor por Jesus gera os mártires da Igreja em todos os tempos e em todos os lugares do mundo. O sofrimento é possível entender na dimensão do amor: "Não há maior amor do que dar a vida por aquele que se ama". O servo sofredor de Javé, o Cordeiro manso levado ao matadouro apresentado por Isaías se faz realidade na pessoa do Verbo encarnado que, por amor, não volta atrás, mas oferece o seu rosto para que lhe arranquem a barba. Quando o peso das minhas "cruzinhas" se faz pesado aos meus frágeis ombros, o que mais gosto é de contemplar o crucifixo e saber que Ele, o Cristo, por amor morreu por mim. É nesse momento que a dor se faz leve e fonte de uma alegria imensa e incompreensível.
"O sofrimento não me é desconhecido. Nele encontro a minha alegria, porque na cruz se encontra Jesus e Ele é amor. E que importa sofrer quando se ama?" Santa Teresa de los Andes.
À luz de Jesus se entende a dor como fruto de amor e presente de Deus. Todos os santos, os grandes místicos nascidos do encontro com Jesus, pedem a dor como participação do sofrimento. A purificação é conseqüência do amor. Deus nos purifica porque nos ama, e existe em nós o desejo de nos purificar para "vermos desde já a Deus". O concílio Vaticano II, na constituição Gaudium et Spes, coloca em destaque como não é possível resolver os problemas existenciais, como o sofrimento, sem Jesus.
"Na verdade, os desequilíbrios que atormentam o mundo moderno se vinculam com aquele desequilíbrio mais fundamental radicado no coração do homem. Com efeito, no próprio homem muitos elementos lutam entre si. Enquanto, de uma parte, porque criatura, experimenta-se limitado de muitas maneiras, por outra parte, porém, sente-se ilimitado nos seus desejos e chamado a uma vida superior. Atraído por muitas solicitações, é ao mesmo tempo obrigado a escolher entre elas renunciando a algumas. Pior ainda: enfermo e pecador, não raro faz o que não quer, não fazendo o que desejaria. Em suma, sofre a divisão em si mesmo, da qual se originam tantas e tamanhas discórdias na sociedade. Certamente muitíssimos, cuja vida se impregnou de materialismo prático, afastam-se da percepção clara deste estado dramático, ou, oprimidos pela miséria, são impedidos de considerá-lo. Muitos pensam encontrar tranqüilidade nas diversas explicações do mundo que lhes são propostas. Outros porém esperam uma verdadeira e plena libertação da humanidade somente pelo esforço humano. Estão persuadidos de que o futuro reino do homem sobre a terra haverá de satisfazer todos os desejos de seu coração. Não faltam os que, desesperados do sentido da vida, louvam a audácia daqueles que, julgando a existência humana desprovida de qualquer significado peculiar, esforçam-se por lhe atribuir toda significação só do próprio engenho. Contudo, diante da evolução atual do mundo, cada dia são mais numerosos os que formulam perguntas primordialmente fundamentais ou as percebem com nova acuidade. O que é o homem? Qual é o significado da dor, do mal, da morte que, apesar de tanto progresso conseguido, continuam a subsistir? Para que aquelas vitórias adquiridas a tanto custo? O que pode o homem trazer para a sociedade e dela esperar? O que se seguirá depois desta vida terrestre?" (Gaudim et Spes, 10).
O Sofrimento na Biblia
O homem bíblico, desde o Gênesis ao Apocalipse, pergunta-se por que o sofrimento e como libertar-se dele. Antes da vinda de Jesus o sofrimento aparece como uma estrada sem saída, fruto do pecado e como castigo de Deus pelo bem não realizado. O grito que perpassa toda a Sagrada Escritura é o pedido a Deus que nos liberte da dor e que nos dê a força necessária para suportá-la. Os salmos são o livro do homem sofredor que, na sua breve existência, depara-se com todo tipo de dor: física, moral, espiritual, a solidão, o abandono dos amigos, a lepra que devasta, a perseguição dos inimigos...O livro de Jó, que podemos considerar como o grande tratado antropológico da dor, faz-nos ainda mais críticos diante do sofrimento.
O sentido de impotência que nos advém quando nos deparamos com a dor deixa-nos ainda mais angustiados. O que fazer diante das pessoas que sofrem, e como reagir diante do nosso próprio sofrimento? Se Deus-amor não quer que o homem sofra, por que permite o sofrimento? São perguntas que, provavelmente, nunca terão uma resposta que nos deixe totalmente satisfeitos.
A repugnância à dor está inscrita no nosso coração e todos somos chamados a lutar contra ela. Superar a dor é caminho promissor para se chegar à felicidade plena.
Jesus nos ensina a Amar a Cruz
O encontro com Jesus de Nazaré, o amor que tenho para com Ele, a leitura do Evangelho e o desejo de imitar sua vida têm-me feito compreender melhor o caminho da dor. Aliás, fora de Jesus, não creio que encontremos resposta para coisa alguma. A vida tende para Jesus e por Ele somos atraídos e seduzidos. Contemplando-o nos vários momentos de sua existência terrena sabemos descobrir o caminho novo. A novidade trazida por Jesus é que Ele encerra o tempo das promessas e abre o tempo da realidade. Ele nos ensina como viver, amar, sofrer, morrer e ressuscitar. A grandeza de Jesus é que Ele, encarnando-se, assumiu a nossa natureza humana plena, total, com todas as limitações, menos o pecado. De fato, o pecado não faz parte da natureza humana, ele entrou no mundo pela desobediência. Alguém como Jesus, que nunca desobedeceu ao projeto do Pai, não poderia ter o pecado na sua humanidade. Ele "se fez pecado" por nós e nos redimiu de todos os nossos pecados.
O projeto trazido por Jesus é libertar o homem do pecado, e para que isso possa acontecer Ele iniciou a sua história entre nós através do caminho da cruz e do sofrimento.
"Jesus tinha a condição divina, e não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente. Mas esvaziou-se a si mesmo, e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. E, achado em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o sobreexaltou grandemente e o agraciou com o Nome que é sobre todo o nome, para que, ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho dos seres celestes, dos terrestres e dos que vivem sob a terra, e, para glória de Deus, o Pai, toda língua confesse: Jesus é o Senhor." (Fil 2,6-12).
O nascimento, a fuga ao Egito, o trabalho em Nazaré, as incompreensões por parte do povo, dos seus seguidores e do poder constituído em Israel, formam a história de dor de Jesus, que tem o cume na morte de cruz. O caminho apresentado por Jesus aos seus seguidores é: renúncia de si mesmo, carregar a cruz e seguí-lo no seu nomadismo, onde não tem nem uma pedra para reclinar a cabeça... O amor à paixão de Jesus não é opcional na vida cristã, mas necessário para poder compreender o sentido da vida de Jesus.
Através da leitura do Evangelho, compreendemos que Jesus não queria sofrer e que em momento algum provocou o sofrimento, seu ou dos outros, e que fez o possível para aliviar a dor dos outros. Ele mesmo "gemeu e suplicou" ao Pai que o libertasse da cruz, do beber o cálice e da morte. Mas, consciente que era possível salvar a humanidade por este caminho, Ele assume a dor com a alegria interior de quem realiza na fidelidade a vontade do Pai.
Tenho encontrado muitas pessoas esmagadas pela dor e interiormente felizes. Uma das frases que ajudam-me a compreender o sentido da dor é de Santa Teresinha: "Cheguei a um ponto em que o sofrimento me dá alegria". A alegria de participar ativamente da paixão de Jesus. É o amor que leva a dar toda a vida pelo outro. É o amor do Pai que envia seu Filho Jesus. É o amor do Espírito Santo que consagra Jesus na sua missão e o amor de Jesus que dá toda a sua vida para nossa libertação e salvação. A força do amor é sempre maior do que qualquer sofrimento e, no amor, o sofrimento se faz alegria e vida.
O amor por Jesus gera os mártires da Igreja em todos os tempos e em todos os lugares do mundo. O sofrimento é possível entender na dimensão do amor: "Não há maior amor do que dar a vida por aquele que se ama". O servo sofredor de Javé, o Cordeiro manso levado ao matadouro apresentado por Isaías se faz realidade na pessoa do Verbo encarnado que, por amor, não volta atrás, mas oferece o seu rosto para que lhe arranquem a barba. Quando o peso das minhas "cruzinhas" se faz pesado aos meus frágeis ombros, o que mais gosto é de contemplar o crucifixo e saber que Ele, o Cristo, por amor morreu por mim. É nesse momento que a dor se faz leve e fonte de uma alegria imensa e incompreensível.
"O sofrimento não me é desconhecido. Nele encontro a minha alegria, porque na cruz se encontra Jesus e Ele é amor. E que importa sofrer quando se ama?" Santa Teresa de los Andes.
À luz de Jesus se entende a dor como fruto de amor e presente de Deus. Todos os santos, os grandes místicos nascidos do encontro com Jesus, pedem a dor como participação do sofrimento. A purificação é conseqüência do amor. Deus nos purifica porque nos ama, e existe em nós o desejo de nos purificar para "vermos desde já a Deus". O concílio Vaticano II, na constituição Gaudium et Spes, coloca em destaque como não é possível resolver os problemas existenciais, como o sofrimento, sem Jesus.
"Na verdade, os desequilíbrios que atormentam o mundo moderno se vinculam com aquele desequilíbrio mais fundamental radicado no coração do homem. Com efeito, no próprio homem muitos elementos lutam entre si. Enquanto, de uma parte, porque criatura, experimenta-se limitado de muitas maneiras, por outra parte, porém, sente-se ilimitado nos seus desejos e chamado a uma vida superior. Atraído por muitas solicitações, é ao mesmo tempo obrigado a escolher entre elas renunciando a algumas. Pior ainda: enfermo e pecador, não raro faz o que não quer, não fazendo o que desejaria. Em suma, sofre a divisão em si mesmo, da qual se originam tantas e tamanhas discórdias na sociedade. Certamente muitíssimos, cuja vida se impregnou de materialismo prático, afastam-se da percepção clara deste estado dramático, ou, oprimidos pela miséria, são impedidos de considerá-lo. Muitos pensam encontrar tranqüilidade nas diversas explicações do mundo que lhes são propostas. Outros porém esperam uma verdadeira e plena libertação da humanidade somente pelo esforço humano. Estão persuadidos de que o futuro reino do homem sobre a terra haverá de satisfazer todos os desejos de seu coração. Não faltam os que, desesperados do sentido da vida, louvam a audácia daqueles que, julgando a existência humana desprovida de qualquer significado peculiar, esforçam-se por lhe atribuir toda significação só do próprio engenho. Contudo, diante da evolução atual do mundo, cada dia são mais numerosos os que formulam perguntas primordialmente fundamentais ou as percebem com nova acuidade. O que é o homem? Qual é o significado da dor, do mal, da morte que, apesar de tanto progresso conseguido, continuam a subsistir? Para que aquelas vitórias adquiridas a tanto custo? O que pode o homem trazer para a sociedade e dela esperar? O que se seguirá depois desta vida terrestre?" (Gaudim et Spes, 10).
Dica de Filme
Queridos amigos, vocês não podem deixar de ver o filme "Aparecida - O Milagre".
O filme conta a história de Marcos, empresário rico que teve uma infância pobre com pais muito religiosos em Aparecida. Atualmente é um homem sem Fé, voltado somente para as conquistas materiais. Seu filho Lucas, com o qual tem muitos conflitos sofre um grave acidente. Marcos em desespero passa por uma transformação e pede a Nossa Senhora Aparecida que lhe conceda um Milagre e salve Lucas. Um filme comovente que narra o reencontro de um homem com a família e consigo mesmo através de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, com um final surpreendente.
É impossível não se emocionar.
Abraços. Bebel
O filme conta a história de Marcos, empresário rico que teve uma infância pobre com pais muito religiosos em Aparecida. Atualmente é um homem sem Fé, voltado somente para as conquistas materiais. Seu filho Lucas, com o qual tem muitos conflitos sofre um grave acidente. Marcos em desespero passa por uma transformação e pede a Nossa Senhora Aparecida que lhe conceda um Milagre e salve Lucas. Um filme comovente que narra o reencontro de um homem com a família e consigo mesmo através de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, com um final surpreendente.
É impossível não se emocionar.
Abraços. Bebel
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
O Significado de "Cingir os rins"
Queridos amigos, no último dia 08/08, durante a aula de Teologia que estamos participando, perguntei ao Padre Cléverson qual era o significado da expressão "cingir os rins". Ele me enviou uma explicação por e-mail a qual achei muito interessante e quero dividir com vocês.
Abraços, Bebel.
Vestir a primeira peça da Armadura de Deus: a Verdade
"Mantendo-vos, portanto, firmes, tendo cingidos os vossos rins com a verdade…" (Efésios 6, 14a* Bíblia - Franciscanos Capuchinhos)
O cingir dos rins, ou lombos, é o primeiro passo, segundo a Palavra de Deus, na preparação para a guerra espiritual entre os cristãos e o mundo, compreendida como o papel do serviço do crente para a glória de Deus. No Antigo Testamento o cingir dos lombos é um passo preparatório, ou prévio, a uma tomada de acção relacionada com uma ordem específica de Deus. Aquando da instituição da primeira Páscoa, em antecipação à saída do Egipto, Deus ordenou ao seu povo que comesse, mas tendo primeiro cingido os seus lombos, portanto, preparando-se para o que se iria seguir:
"Comê-la-eis desta maneira: os rins cingidos, as sandálias nos pés, e o cajado na mão. Comê-la-eis à pressa. É a Páscoa em honra do Senhor." (Êxodo 12, 11).
Também no Novo Testamento, para além de Paulo, Pedro falou na preparação para servir (grego: "dio anazwsamenoi tav osfuav thv dianoiav", também traduzido: "cingindo os lombos do vosso entendimento"):
"Por isso, de ânimo preparado para servir e vivendo com sobriedade, ponde a vossa esperança na dádiva que vos vai ser concedida com a manifestação de Jesus Cristo. Como filhos obedientes, não vos conformeis com os antigos desejos do tempo da vossa ignorância; mas, assim como é santo aquele que vos chamou, sede santos, vós também, em todo o vosso proceder, conforme diz a Escritura: Sede santos, porque eu sou santo." (1 Pedro 1, 13-16).
A Verdade é aquilo que filtra, prende a informação que nos influencia, em linha com a Palavra de Deus e o Espírito Santo, donde resulta o conhecimento. É como que uma rede, formada pela Palavra e pelo discernimento do Espírito, através da qual toda a informação é escrutinada, para dela obter o entendimento.
A importância da Verdade
(1) É pela verdade que somos salvos: "Foi nele, ainda, que vós ouvistes a palavra da verdade, o evangelho que vos salva. Foi nele ainda que acreditastes e fostes marcados com o selo o Espírito Santo prometido, o qual é garantia da nossa herança…" (Efésios 1, 13-14).
(2) É pela verdade que somos santificados e crescemos na maturidade espiritual: "Consagra-os na Verdade; a Verdade é a tua Palavra." (João 17, 17).
(3) É pela verdade que as nossas mentes são renovadas e transformadas, da condição de ignorantes para a condição de nascidos de novo, pensando de acordo com a Palavra de Deus e agindo segundo o seu Espírito: "É isto, pois, o que digo e recomendo no Senhor: não volteis a proceder como procedem os gentios, no vazio da sua mente…nele fostes instruídos, conforme a verdade que está em Jesus: que deveis, no que toca à conduta de outrora, despir-vos do homem velho, corrompido por desejos enganadores; que vos deveis renovar pela transformação do Espírito que anima a vossa mente; e que deveis revestir-vos do homem novo, que foi criado em conformidade com Deus, na justiça e na santidade próprias da verdade." (Efésios 4, 17-24).
(4) A verdade é base da união cristã (Efésios 4, 5, 13).
(5) É pela verdade que a igreja é edificada (Efésios 4, 15, 25, 29).
(6) A verdade é essencial para adorarmos Deus: "Deus é Espírito, por isso os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade." (João 4, 24).
(7) A igreja é um meio divino pelo qual Deus revela e manifesta a verdade: "…casa de Deus, esta igreja do Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade" (1 Timóteo 3, 15). Ver Efésios 3, 8-10.
(8) A verdade é o conhecimento ao qual nunca chegaríamos por nós mesmos, não fosse a graça de Deus em nos providenciar essa revelação. A verdade proporciona aos cristãos uma forma completamente nova de pensar e agir, que é dramaticamente diferente da do mundo (4, 1-6, 9).
(9) Jesus Cristo é a Verdade, logo desviarmo-nos da verdade é desviarmo-nos Dele: " Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim." (João 14, 6).
(10) A verdade expõe as ciladas, os esquemas e as mentiras de satanás. "E se eu perdoei - na medida em que tinha de o fazer - foi por amor de vós, na presença de Cristo, para que não sejamos enganados por Satanás, já que não ignoramos as suas maquinações." (2 Coríntios 2, 10-11).
Vestir a Verdade
Pilatos cinicamente perguntou a Jesus: "O que é a verdade?" (João 18, 38). Hoje em dia não falta quem pergunte o mesmo. A Bíblia assegura-nos que conheceremos a verdade, e ela nos tornará livres (João 8, 32). O profeta Isaías escreveu: "Brotará um rebento do tronco de Jessé, e um renovo brotará das suas raízes. Sobre ele repousará o espírito do Senhor...justiça será o cinto dos seus rins, e a lealdade circundará os seus flancos." (Isaías 11, 1-5)
A armadura cristã é simplesmente a armadura de Jesus Cristo, vestir a armadura de Deus é revestirmo-nos de Cristo: "Sabeis em que tempo vivemos já é hora de acordardes do sono… Despojemo-nos por isso das obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz....revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não vos entregueis às coisas da carne, satisfazendo os seus desejos" (Romanos 13, 11-14).
Vestirmos a verdade começa por colocarmos a nossa confiança em Cristo, Naquele que é a Verdade. E de seguida, implica viver num processo de santificação na verdade, segundo o projecto a longo-prazo: eterno, de Deus (João 17, 17, 19). Isto acontece quando e se deixarmos de seguir a forma de pensar antiga, pela transformação e renovação das nossas mentes através da Palavra de Deus e do seu Espírito (Romanos 12, 1-2; Efésios 4, 17-24). O que acontece quando o cristão não mente e fala a verdade no amor ao irmão, para sua edificação (Efésios 4, 15, 25, 29). Também implica que nos desviemos de tudo o que não seja a verdade (Filipenses 4, 8), e todas as formas de "conhecimento" que nos afastem de Cristo (Colossences 2). Significa em fim viver a Palavra de Deus e deixarmo-nos conduzir pelo Espírito Santo.
Abraços, Bebel.
"... O autor aqui compara os rins com a verdade. Ele deixa claro que o rim é um filtro e a verdade deverá ser como um filtro que preprara o cristão para a ação. Cingir os rins, portanto, significa se preparar para a luta, a batalha à luz da verdade que é Jesus.
Quando um israelita necessitava de liberdade para correr ou trabalhar, levantava a barra da túnica e a prendia no cinto, ficando com os movimentos mais livres.
Isso era chamado de "cingir os lombos", e a frase tornou-se uma metáfora para os preparativos, como em I Pedro 1:13.
Isso era chamado de "cingir os lombos", e a frase tornou-se uma metáfora para os preparativos, como em I Pedro 1:13.
"cingir os lombos" significa "colocar o cinturão". Antigamente, homens e mulheres usavam roupas soltas, e quando iam fazer algum trabalho físico amarravam um cinto para se movimentarem de forma livre, colocar o cinto fazia parte da preparação para o trabalho pesado.
Antes de colocar qualquer peça da Armadura, devemos "amarrar" a verdade em nós, o cinto da verdade. Esse cinto nos permitirá movimentos livres. Atente para dois versículos:
1. "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8:32)
2. "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João 14:6)
"Mantendo-vos, portanto, firmes, tendo cingidos os vossos rins com a verdade…" (Efésios 6, 14a* Bíblia - Franciscanos Capuchinhos)
O cingir dos rins, ou lombos, é o primeiro passo, segundo a Palavra de Deus, na preparação para a guerra espiritual entre os cristãos e o mundo, compreendida como o papel do serviço do crente para a glória de Deus. No Antigo Testamento o cingir dos lombos é um passo preparatório, ou prévio, a uma tomada de acção relacionada com uma ordem específica de Deus. Aquando da instituição da primeira Páscoa, em antecipação à saída do Egipto, Deus ordenou ao seu povo que comesse, mas tendo primeiro cingido os seus lombos, portanto, preparando-se para o que se iria seguir:
"Comê-la-eis desta maneira: os rins cingidos, as sandálias nos pés, e o cajado na mão. Comê-la-eis à pressa. É a Páscoa em honra do Senhor." (Êxodo 12, 11).
Também no Novo Testamento, para além de Paulo, Pedro falou na preparação para servir (grego: "dio anazwsamenoi tav osfuav thv dianoiav", também traduzido: "cingindo os lombos do vosso entendimento"):
"Por isso, de ânimo preparado para servir e vivendo com sobriedade, ponde a vossa esperança na dádiva que vos vai ser concedida com a manifestação de Jesus Cristo. Como filhos obedientes, não vos conformeis com os antigos desejos do tempo da vossa ignorância; mas, assim como é santo aquele que vos chamou, sede santos, vós também, em todo o vosso proceder, conforme diz a Escritura: Sede santos, porque eu sou santo." (1 Pedro 1, 13-16).
A Verdade é aquilo que filtra, prende a informação que nos influencia, em linha com a Palavra de Deus e o Espírito Santo, donde resulta o conhecimento. É como que uma rede, formada pela Palavra e pelo discernimento do Espírito, através da qual toda a informação é escrutinada, para dela obter o entendimento.
A importância da Verdade
(1) É pela verdade que somos salvos: "Foi nele, ainda, que vós ouvistes a palavra da verdade, o evangelho que vos salva. Foi nele ainda que acreditastes e fostes marcados com o selo o Espírito Santo prometido, o qual é garantia da nossa herança…" (Efésios 1, 13-14).
(2) É pela verdade que somos santificados e crescemos na maturidade espiritual: "Consagra-os na Verdade; a Verdade é a tua Palavra." (João 17, 17).
(3) É pela verdade que as nossas mentes são renovadas e transformadas, da condição de ignorantes para a condição de nascidos de novo, pensando de acordo com a Palavra de Deus e agindo segundo o seu Espírito: "É isto, pois, o que digo e recomendo no Senhor: não volteis a proceder como procedem os gentios, no vazio da sua mente…nele fostes instruídos, conforme a verdade que está em Jesus: que deveis, no que toca à conduta de outrora, despir-vos do homem velho, corrompido por desejos enganadores; que vos deveis renovar pela transformação do Espírito que anima a vossa mente; e que deveis revestir-vos do homem novo, que foi criado em conformidade com Deus, na justiça e na santidade próprias da verdade." (Efésios 4, 17-24).
(4) A verdade é base da união cristã (Efésios 4, 5, 13).
(5) É pela verdade que a igreja é edificada (Efésios 4, 15, 25, 29).
(6) A verdade é essencial para adorarmos Deus: "Deus é Espírito, por isso os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade." (João 4, 24).
(7) A igreja é um meio divino pelo qual Deus revela e manifesta a verdade: "…casa de Deus, esta igreja do Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade" (1 Timóteo 3, 15). Ver Efésios 3, 8-10.
(8) A verdade é o conhecimento ao qual nunca chegaríamos por nós mesmos, não fosse a graça de Deus em nos providenciar essa revelação. A verdade proporciona aos cristãos uma forma completamente nova de pensar e agir, que é dramaticamente diferente da do mundo (4, 1-6, 9).
(9) Jesus Cristo é a Verdade, logo desviarmo-nos da verdade é desviarmo-nos Dele: " Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim." (João 14, 6).
(10) A verdade expõe as ciladas, os esquemas e as mentiras de satanás. "E se eu perdoei - na medida em que tinha de o fazer - foi por amor de vós, na presença de Cristo, para que não sejamos enganados por Satanás, já que não ignoramos as suas maquinações." (2 Coríntios 2, 10-11).
Vestir a Verdade
Pilatos cinicamente perguntou a Jesus: "O que é a verdade?" (João 18, 38). Hoje em dia não falta quem pergunte o mesmo. A Bíblia assegura-nos que conheceremos a verdade, e ela nos tornará livres (João 8, 32). O profeta Isaías escreveu: "Brotará um rebento do tronco de Jessé, e um renovo brotará das suas raízes. Sobre ele repousará o espírito do Senhor...justiça será o cinto dos seus rins, e a lealdade circundará os seus flancos." (Isaías 11, 1-5)
A armadura cristã é simplesmente a armadura de Jesus Cristo, vestir a armadura de Deus é revestirmo-nos de Cristo: "Sabeis em que tempo vivemos já é hora de acordardes do sono… Despojemo-nos por isso das obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz....revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não vos entregueis às coisas da carne, satisfazendo os seus desejos" (Romanos 13, 11-14).
Vestirmos a verdade começa por colocarmos a nossa confiança em Cristo, Naquele que é a Verdade. E de seguida, implica viver num processo de santificação na verdade, segundo o projecto a longo-prazo: eterno, de Deus (João 17, 17, 19). Isto acontece quando e se deixarmos de seguir a forma de pensar antiga, pela transformação e renovação das nossas mentes através da Palavra de Deus e do seu Espírito (Romanos 12, 1-2; Efésios 4, 17-24). O que acontece quando o cristão não mente e fala a verdade no amor ao irmão, para sua edificação (Efésios 4, 15, 25, 29). Também implica que nos desviemos de tudo o que não seja a verdade (Filipenses 4, 8), e todas as formas de "conhecimento" que nos afastem de Cristo (Colossences 2). Significa em fim viver a Palavra de Deus e deixarmo-nos conduzir pelo Espírito Santo.
O Cíngulo e uma espécie de corda em volta da cintura, cuja finalidade prática é ajustar a alva e prender a estola sob a casula; e a finalidade simbólica de se cingir os rins, tradição semítica que representa o respeito e a reverência ao sagrado durante as celebrações litúrgicas."
Pe. Cleverson Pinheiro"aquele que Vos serve" - Mt 23,11b
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
As delicadezas do amor de Deus
"O amor consiste no seguinte: "Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele quem nos amou e nos enviou o seu Filho como vítima expiatória pelos nossos pecados" (I Jo 4,10).
O fato de sabermos reconhecer as delicadezas do amor divino na trama ordinária da vida é uma graça do Senhor. Moisés explicou isso ao povo muito bem ao enumerar as provações, os sinais e os grandiosos prodígios que presenciou: "Até ao dia de hoje, Javé não vos tinha dado um coração para compreender, olhos para ver e ouvidos para ouvir" (Dt 29,4).
Compreender é uma autêntica revolução! Não somos nós que andamos a girar à volta de Deus, para tentar atingi-Lo e amá-Lo, mas é Ele que gira à nossa volta, até que consiga encontrar uma brecha no nosso coração, "espetar um espinho na nossa carne" (cf. II Coríntios 12,7) para possibilitar que o Seu amor se precipite em nós.
Senhor, dá-nos um coração sensível à tua presença para que possamos reconhecer-te como Nosso Senhor e amigo."
O fato de sabermos reconhecer as delicadezas do amor divino na trama ordinária da vida é uma graça do Senhor. Moisés explicou isso ao povo muito bem ao enumerar as provações, os sinais e os grandiosos prodígios que presenciou: "Até ao dia de hoje, Javé não vos tinha dado um coração para compreender, olhos para ver e ouvidos para ouvir" (Dt 29,4).
Compreender é uma autêntica revolução! Não somos nós que andamos a girar à volta de Deus, para tentar atingi-Lo e amá-Lo, mas é Ele que gira à nossa volta, até que consiga encontrar uma brecha no nosso coração, "espetar um espinho na nossa carne" (cf. II Coríntios 12,7) para possibilitar que o Seu amor se precipite em nós.
Senhor, dá-nos um coração sensível à tua presença para que possamos reconhecer-te como Nosso Senhor e amigo."
Amigos, o autor deste texto é desconhecido mas a mensagem fala muito aos nossos corações sedentos do amor de Deus.
Abraços, Bebel
segunda-feira, 25 de julho de 2011
NÃO FALTOU PÃO PARA NINGUÉM
"Caríssimos amigos, o Evangelho nos apresenta páginas belíssimas que nos alimenta com A Palavra de Deus e nos convida a colocá-la em prática. No próxmo domingo seremos brindados com uma dessas maravilhas apresentada pela Boa Nova de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele nos convida a alimentar de sua Palavra e da Eucaristia para que tenhamos saciada a nossa fome e sede espiritual.
Desejo a todos uma semana abençoada e uma ótima reflexão".
Abraços, José das Mercês.
Desejo a todos uma semana abençoada e uma ótima reflexão".
Abraços, José das Mercês.
XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM– 31.7.2011
Jesus é o grande sinal de esperança que brilha no Evangelho. Todos acorrem a Ele, para ouvir sua palavra, para pedir cura para seus doentes, e para dele receber conforto e coragem. E, mesmo inconscientemente, lá no fundo de seu coração, o que estão procurando é o encontro com Deus. Se Deus nos fez para Ele – é Santo Agostinho que o recorda – nosso coração vive inquieto, enquanto não se encontrar com Ele. O Evangelho, em todas as maravilhas de suas narrações, é o grande encontro do povo com Jesus, preludiando o encontro com o mundo inteiro, que vai acontecendo e continuará a acontecer ao longo dos séculos: Jesus Cristo ontem, hoje e sempre.
Hoje relemos, num dos belos momentos em que Jesus se mostrou como sinal de esperança, o milagre da multiplicação dos Paes. É um dos dois milagres de multiplicação que os evangelistas nos narram, sendo que um deles é trazido só por São Mateus e São Marcos, ao passo que este é narrado pelos três sinópticos e ainda por São João. E é justamente depois desse milagre, que São João nos traz o duplo discurso de Jesus sobre o “Pão da vida”: o Pão da fé e o Pão da Eucaristia.
A multidão viera ao encontro de Jesus, em busca de sua palavra e de seus milagres. De Cafarnaum onde se encontrava, Ele quis retirar-se para um lugar deserto – perto de Betsaida, como nos informa São Lucas – e para isso tomou uma barca. Mas o povo foi por terra e, quando Ele desembarcou, viu-se diante de muita gente. Teve pena deles, curou os doentes que lhe foram apresentados, e pregou para todos o Reino de Deus, no qual se prolongou até o cair da tarde.
Foi quando os discípulos se aproximaram dele e lhe fizeram ver que era tarde e o lugar era deserto. Que ele então despedisse o povo, para que pudessem ir às aldeias vizinhas para comprar alimentos. Mas o pensamento de Jesus era muito diferente. Não se devia falar em comprar. Ia acontecer uma grande hora de gratuidade. “Não precisam ir comprar – disse Ele; dai-lhes vós mesmos de comer”. Como dar de comer – perguntavam eles – se, procurando tudo o de que dispunham, não podiam contar senão com cinco pães e dois peixes? Mas Jesus, sem se perturbar, com majestosa serenidade, disse a eles que fizessem o povo sentar-se na relva verde. Era perto da Páscoa e era primavera. Eles se sentaram em grupos de cinquenta e de cem. A cena ficou muito bonita. São Marcos usa uma palavra que significa “canteiros” para indicar os grupos assim formados. Porque, na verdade, sentados no verde campo e com as diferentes cores de suas túnicas e de seus turbantes, formavam como que canteiros floridos.
Jesus tomou o pão e os peixes, ergue os olhos ao céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e os peixes, deu-os aos discípulos e eles os deram ao povo (É fácil perceber nesta narração a influência do rito eucarístico). E aconteceu o milagre! Como água que vai jorrando de uma fonte ininterruptamente, os pães e os peixes foram brotando das mãos dos discípulos, à medida que eles os iam dando ao povo. Todos comeram à farta. No fim, Jesus mandou que se recolhessem os pedaços que tinham sobrado; e se recolheram doze cestos, sendo que o número dos que haviam comido era cerca de cinco mil homens, sem contar as mulheres e as crianças (cfr Mt 14, 13-21).
Talvez a grande lição deste milagre possa ser a que nós também seremos capazes de repetir o prodígio da multiplicação, se soubermos pôr em prática a gratuidade. Se, em vez de nos apegarmos àquele pouco ou àquele muito que tivermos, formos capazes de distribuir com quem precisa. Se fizermos assim, não faltará comida para ninguém. Será o mundo da fraternidade. Onde ninguém se sentirá feliz, se seu irmão não estiver feliz também. Longe o egoísmo! Longe a ganância! Cresça o amor e a fraternidade! Esse é o princípio que deveria estar na base de todos os sistemas econômicos.
Leituras do XVIII Domingo do Tempo Comum – Ano A: Is 55, 1-3; 2ª Rom 8,35.37-39; Evangelho Mt 14, 13-21
Fonte: (“A Escuta da Palavra – Ano A – Dom João Resende Costa – Ed. Fumarc – pag.90-91)
Colaboração de José das Mercês
quinta-feira, 7 de julho de 2011
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados”!
Particularmente acredito que o desejo por igualdade e justiça nunca foi tão pulsante no coração do homem quanto nos dias atuais. É claro que, devido às mazelas que desde muito tempo fazem parte da natureza humana (não por vontade divina, mas pela não-adesão do homem às Suas vontades), a opressão e desigualdade têm assolado a humanidade.
Tenho percebido também que as mídias têm alimentado constantemente esta sede de justiça, contudo, de forma radicalista e doentia. Falo isto, porque ontem após assistir uma matéria destes programas de enfoque policial que vão ao ar nos finais de tarde, fiquei meio atônito, e um pouco chateado.
Chateado porque percebo que as pessoas guiadas por sede de justiça, têm se deliciado com o desfecho de alguns acontecimentos que os meios de comunicação vêm nos mostrando. Quer exemplos? A morte daquele jovem homicida autor do massacre das crianças daquela escola de Realengo no Estado do Rio de Janeiro e a morte de Osama Bin Laden pelos Estados Unidos. Com certeza nossos corações foram “confortados”, mesmo que de forma velada.
Como citei no início, ontem em certo programa de jornalismo policial, foi noticiada uma tentativa de assalto em um açougue no estado de São Paulo. Naquele estabelecimento, dois jovens anunciaram um assalto, entretanto, lá estava também, à paisana, uma delegada de polícia. Ela, esperando o momento certo, deu voz de prisão àqueles jovens, que imediatamente revidaram com tiros. Um deles se atracou com ela para tentar desarmá-la e provavelmente tentar matá-la. Ela, entretanto, conseguiu acertá-lo no abdômen e este jovem veio a falecer minutos após. O outro conseguiu fugir sob os tiros que a delegada continuou desferindo contra ele.
O apresentador parabenizou a delegada, com um tom de voz satisfeito e agradecido, pois, aquela mulher evitou um assalto e quem sabe homicídios. De fato foi uma atitude corajosa de uma autoridade policial que ali cumprira seu papel.
Refletindo sobre esta notícia, em um exame de consciência percebi que também a minha “sede de justiça” vem sendo alimentada. Naquele momento meu coração também sentiu certo conforto. E quem não se sentiria assim? Continuei pensando, refletindo e percebi que na verdade, em diversos outros momentos eu mesmo tenho procurado alimentar a minha “sede de justiça”. Muito constrangido, me diagnostiquei um telespectador assíduo da “novela das oito” que está passando atualmente, Insensato Coração. Eu, assim como milhões de outros brasileiros, tenho frequente e curiosamente seguido pela televisão e algumas vezes por internet esta novela, a fim de saber em qual momento o vilão pagará pelas suas ações maléficas. Meu Deus... É o fundo do poço! Nesta minha atitude constatei o seguinte: temos buscado saciar a nossa sede de justiça em fontes barrentas!
De início já faço neste momento o propósito de não assistir essas programações que “saciam” com água barrenta, a minha sede de justiça. Isso não quer dizer que estou me alienando, me distanciando do mundo. Estou a partir de agora renunciando ao sensacionalismo de programas que correm atrás de recordes de “IBOPE”, distorcendo o conceito verdadeiro de justiça e de paz.
Retomo então o título desta reflexão: “Bem - aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados”! (Mt 5, 6).
É vontade do próprio Deus que de fato nosso coração se inquiete com tanta violência, injustiça e desigualdade, pois tudo isso contraria o plano de amor que o Senhor tem para a vida de Seus amados. Todavia, isso não pode dar-se da mesma forma com a qual temos buscado fazer a justiça acontecer. Não é pura e simplesmente desejando a punição de criminosos que a justiça e a paz nos serão garantidas. As penalidades precisam sim existir no sentido de coibir atos criminosos e desumanos. Mas, ao mesmo tempo é necessário que se trate o problema na sua raiz. Estamos tratando os sintomas e não a doença que os causa. Já estamos cansados de ouvir, mas, a questão da justiça/segurança pública permeia diversos segmentos da vida humana. Educação, saúde e oportunidades de trabalho são alguns setores cronicamente adoecidos, sobretudo, no nosso país. A dignidade humana deve ser promovida e protegida para assim serem extintos os sintomas que têm mantido o ser humano debilitado em sua saúde social e espiritual.
A chave para esta mudança de mentalidade e de comportamento está contida no Evangelho de Jesus Cristo, narrada em MT 5, 1-10. É necessário que nosso coração e o coração daqueles que nos governam (e que são responsáveis pela promoção do bem comum), sejam mergulhados na mensagem anunciada por Jesus Cristo e que foi perpetuada para nós no evangelho de São Mateus! Bem- aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus! Bem- aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! Bem- aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! Não há, portanto, como instaurar a paz no mundo, se o homem em seu coração está sedento da “justiça de sangue”, e não sedento da verdadeira paz.
Sem a pretensão de querer sofisticar demais esta reflexão, nem de adentrar em uma área que não é a minha, lembro-me aqui de Jean-Paul Sartre que, em tom existencialista em face da teoria Marxista, afirma: "A existência precede a essência"; nenhum ser humano nasce pronto, mas o homem é, em sua essência, produto do meio em que vive. Respeitando a opinião dele e também da filosofia que ele representa, apresento uma reflexão cristã, “de trás para frente” desta citação: Antes da existência, precede a essência! O meio pode e deve ser produto da ação do homem! Antes de nascermos, com todo apreço Deus nos teceu em seu coração:
“Fostes vós que plasmastes as entranhas de meu corpo, vós me tecestes no seio de minha mãe. Sede bendito por me haverdes feito de modo tão maravilhoso. Pelas vossas obras tão extraordinárias, conheceis até o fundo a minha alma. Nada de minha substância vos é oculto, quando fui formado ocultamente, quando fui tecido nas entranhas subterrâneas. Cada uma de minhas ações vossos olhos viram, e todas elas foram escritas em vosso livro; cada dia de minha vida foi prefixado, desde antes que um só deles existisse”(Sl 138, 13-16)
É inconcebível, portanto, aos olhos da fé, imaginar que as circunstâncias sejam tão determinantes assim de forma que superem a onipotência de Deus. Ora, concordando em parte com Sartre, é fato que nossa omissão tem sim contribuído pra que o “meio” deforme a criação do Pai.
Manifestemo-nos então, como filhos de Deus! Sejamos o “sal da terra” e a “luz do mundo” e contribuamos para que seja criado um meio no qual sejam produzidos homens com corações plenos de bem-aventuranças, para que assim a proposição de Jean-Paul Sartre seja plenificada. Pois somente assim: “A bondade e a fidelidade outra vez se irão unir, a justiça e a paz de novo se darão as mãos”(Sl 84/85,11).
Um fraternal abraço!
Bruno Luiz
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Ação catequética
Catequese é formar e conscientizar o catequizando
Está havendo grande esforço de uma catequese voltada para as exigências da cultura moderna. O grande objetivo é formar discípulos missionários dentro do processo de iniciação à vida cristã, de inspiração catecumenal e centrado na prática concreta das primeiras comunidades cristãs.
A Igreja procura, mesmo que de forma lenta e prudente, acompanhar os passos e as mudanças da história. Não estamos mais no tempo da cristandade nem de uma catequese focada na preocupação doutrinal e no estilo de perguntas e respostas.
O principal objetivo da catequese é formar e conscientizar o catequizando, de todas as idades, para o sentido da vida da graça. É a experiência de um encontro profundo com Jesus Cristo, com uma Pessoa concreta, que atinge a vida das pessoas na comunidade cristã.
Os batizados nem sempre são evangelizados. Por isso, a Igreja está preocupada com uma catequese de adultos. Muitos não são ainda, mesmo que batizados, introduzidos na vida cristã e são cristãos só de nome e sem compromisso de fé.
A catequese, nas dimensões de hoje, precisa ser mais envolvente, que chegue à família e a toda a comunidade. Isso significa que não conseguimos atingir os verdadeiros objetivos catequéticos se a família e a comunidade não forem também catequizadoras.
Necessitamos de uma catequese mais profética e assentada numa espiritualidade madura e libertadora. Que anuncie a Pessoa de Jesus Cristo com base na Palavra de Deus e no testemunho verdadeiro de prática cristã na sociedade e na Igreja.
No processo metodológico, como anuncia o Documento de Aparecida, é preciso “abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favorecem a transmissão da fé”. Na verdade, é urgente buscar uma “conversão pastoral e renovação missionária...” (n. 375).
Urge à Igreja fazer uma profunda revisão de sua ação catequética. Há ainda muita estrutura arcaica, sem frutos e conservadorista, necessitando de passar por um processo de conversão. Pensar numa Igreja e numa catequese voltadas para a sociedade, para as necessidades das realidades práticas e temporais das pessoas. Catequese que saia da sacristia, que enfrente os desafios de uma cultura capitalista, consumista e totalmente secularizada.
Sejamos agentes desta nova catequese, conscientes de nossa missão cristã, principalmente vocacionados para o trabalho catequético em nossas comunidades concretas. Temos que absorver a “mudança de época” com o coração comprometido.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo diocesano de São José do Rio Preto
Contribuição de Desirê Mara
Está havendo grande esforço de uma catequese voltada para as exigências da cultura moderna. O grande objetivo é formar discípulos missionários dentro do processo de iniciação à vida cristã, de inspiração catecumenal e centrado na prática concreta das primeiras comunidades cristãs.
A Igreja procura, mesmo que de forma lenta e prudente, acompanhar os passos e as mudanças da história. Não estamos mais no tempo da cristandade nem de uma catequese focada na preocupação doutrinal e no estilo de perguntas e respostas.
O principal objetivo da catequese é formar e conscientizar o catequizando, de todas as idades, para o sentido da vida da graça. É a experiência de um encontro profundo com Jesus Cristo, com uma Pessoa concreta, que atinge a vida das pessoas na comunidade cristã.
Os batizados nem sempre são evangelizados. Por isso, a Igreja está preocupada com uma catequese de adultos. Muitos não são ainda, mesmo que batizados, introduzidos na vida cristã e são cristãos só de nome e sem compromisso de fé.
A catequese, nas dimensões de hoje, precisa ser mais envolvente, que chegue à família e a toda a comunidade. Isso significa que não conseguimos atingir os verdadeiros objetivos catequéticos se a família e a comunidade não forem também catequizadoras.
Necessitamos de uma catequese mais profética e assentada numa espiritualidade madura e libertadora. Que anuncie a Pessoa de Jesus Cristo com base na Palavra de Deus e no testemunho verdadeiro de prática cristã na sociedade e na Igreja.
No processo metodológico, como anuncia o Documento de Aparecida, é preciso “abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favorecem a transmissão da fé”. Na verdade, é urgente buscar uma “conversão pastoral e renovação missionária...” (n. 375).
Urge à Igreja fazer uma profunda revisão de sua ação catequética. Há ainda muita estrutura arcaica, sem frutos e conservadorista, necessitando de passar por um processo de conversão. Pensar numa Igreja e numa catequese voltadas para a sociedade, para as necessidades das realidades práticas e temporais das pessoas. Catequese que saia da sacristia, que enfrente os desafios de uma cultura capitalista, consumista e totalmente secularizada.
Sejamos agentes desta nova catequese, conscientes de nossa missão cristã, principalmente vocacionados para o trabalho catequético em nossas comunidades concretas. Temos que absorver a “mudança de época” com o coração comprometido.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo diocesano de São José do Rio Preto
Contribuição de Desirê Mara
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